Nossa aventura tem seu início na belíssima e prazeirosa Pousada Água Cristalina, situada na cidade Cachoeiras de Macacu, às margens do Rio Macacu e inserida na Mata Atlântica, onde montamos nossa base operacional e revigorante.
As 7:30h nos encontramos na rodoviária de Cachoeiras de Macacu com o Felipe, que nos guiou nesta travessia pela Mata Atlântica. 08:45h partirmos, de ônibus serra acima, em direção à cidade Nova Friburgo.
09:20h descemos no meio da serra (866m de elevação) e ingressamos, em fila indiana, na trilha que ali se inicia. Fechada, íngreme e pedregosa além de úmida, fortalece a primeira impressão, que à frente se revela falsa, de uma trilha difícil.


Em 10 minutos encontramos a caixa-d'água (1919) do porto de Registro da antiga linha férrea a 840m de altitude.
As 09:47h nossa surpresa, enterrado na lateral da trilha encontramos o único pedaço de trilho aparente durante todo o trajeto.

Pouco a frente, o Rio Jacutinga se mostra presente sob a primeira ponte da travessia, com piso de madeira sobre a estrutura de ferro ainda da ferrovia, se encontra em bom estado e sem oferecer risco ao caminhante apesar de sua cabeceira vazada e alguns pequenos buracos. À sua direita vemos uma bela cachoeira.
Às 10:11h chegamos a uma ponte bem mais alta (nossa segunda), também em bom estado que nos conduz sobre o Córrego do Tombo. A vista é deslumbrante.
Durante todo o trajeto a vegetação é exuberante e o clima, em função da mata fechada, muito agradável.
Poucos metros adiante e uma nova derivação à esquerda, descendente, mais fechada e em sentido oposto ao nosso trajeto chama nossa atenção, é a trilha que dá acesso à represa da CEDAE, onde se encontram os rios Jacutinga e Macacu. A trilha chega à lateral de uma pequena e isolada casa azul onde somos anunciados pelos latidos de dois cachorros.
Nesta casa fica o responsável pela empresa de águas e esgotos que tem como atribuição não só a manobra das válvulas de escoamento e a cloração da água. Este nos recebeu muito bem e foi bastante atencioso conosco. Junto à represa, abandonada pela própria CEDAE uma antiga casa maior, bela mas já com sérios sinais de comprometimento. A represa, como dito, é pequena mas bela. Hora de se refrescar, completar os cantis, apreciar a beleza do local e se assustar com uma pele de cobra, fruto de troca da nativa local.
Há mais um trecho gramado que logo se torna uma entediante estrada sem maiores atrativos. Seguimos por ela até o encontro com a RJ-116, cerca de 200m antes da praça do pedágio e à 100m do ponto final de Boca do Mato. Por sorte, vem uma Kombi que realiza transporte coletivo. 15 minutos e já estamos de volta à paradisíaca Pousada Água Cristalina, onde somos recebidos pelos agradabilíssimos proprietários, sempre presentes e prontos para nos atender à todo momento.
Fechamos aqui, a 280m de altitude e cheios de histórias e belas memórias. Ficou um gostinho de quero mais.


Nenhum comentário:
Postar um comentário