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quinta-feira, setembro 20, 2018

Travessia 7 Quedas - Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros - Go



Este é um trekking efetuado em 2 ou 3 dias, ou seja, com uma ou duas pernoites no parque, o máximo permitido.

Como conta com duas travessias do Rio Preto, esta trilha mantém-se fechada durante o período das chuvas, só sendo aberta durante a seca, de junho ao fim de setembro.

O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros está localizado no Estado de Goiás e possui sua entrada pela charmosa vila de São Jorge, um lugarejo de aproximadamente 250 habitantes, localizada a 220 quilômetros ao norte de Brasília. A vila pertence à cidade de Alto Paraíso de Goiás. A vida simples, a grande quantidade de pousadas e restaurantes, fervem durante a noite.
Listado como Patrimônio Mundial pela UNESCO no ano de 2001, o Parque abrange uma área de 65.514 ha de cerrado de altitude dos municípios de Cavalcante (60%) e Alto Paraíso de Goiás(40%).

Sua fauna conta com cerca de 50 espécies são classificadas como raras, endêmicas ou sob risco de extinção. E sua flora conta com 1.476 espécies de plantas já identificadas.

No serrado aberto, as espécies vegetais mais proeminentes são o pau-terra-vermelho, a cajueiro-bravo-do-campo, o murici-rói-rói o caju-do-cerrado e as mandioqueiras. Nas matas da galeria, destacam-se o pau d'arco roxo, copaíba, aroreira e tamanqueira. Há ainda ocorrência de jerivá e viuvinha e, nos baixios, o buriti e babaçu.
Destaque para os mamíferos ameaçados de extinção como o cervo-do-pantanal, o veado-campeiro, seu predador a onça-pintada e o maior canídeo americano, o lobo guará. Dentre as aves se destacam a ema, o urubu-rei, gavião, a arara canindé e tucano.

Para esta aventura há necessidade de pré-agendamento através do ecobooking do ICMBio, administrador do parque e, apesar de não haver cobrança para a visita do parque, somente R$15,00 de estacionamento, para esta trilha há a cobrança de uma GRU no valor de R$18,00/pessoa/pernoite. Somente 100 visitantes diários podem fazer a trilha e o limite de visitantes para pernoite é de 30 pessoas.


Feita reserva e paga a GRU, é hora de preparar-se para a caminhada que conta com cerca de 18 km no primeiro dia e outros 6,5 km no segundo. Não menospreze o calor, a baixa umidade e o caminho, formado de pedras e areira fofa em muitos trechos tornando esta uma trilha pesada.




Muito bem sinalizado, o percursos tem início já na entrada do parque, quando deve-se seguir as setas vermelhas por cerca de 3 km até uma bifurcação que indica o trajeto da direita como sendo o das Sete Quedas. A partir deste ponto as setas são na cor laranja e cerca de 1.5km a frente se chega ao Cânion 1, também só aberto à visitação no período da seca. O lugar é lindo, mágico. Ótimo para uma parada para descanso, banho na água que, nesta época é quente, e fazer um lanche pois, a partir daqui a trilha pesa.

A paisagem possui diversas fisionomias, campos rupestres, veredas, cerradão mesmo até a primeira passagem pelo Rio Preto, quando já se terá percorrido 10 km.
Após atravessar o rio outros 7 km por uma trilha histórica da época do garimpo, conhecida como Fiandeiras, passa por campos sujos e limpos e adentra pelo cerrado rupestre até a chega ao camping Sete Quedas, próximo ao Rio Preto, onde existiu um banheiro seco, destruído pelo incêndio de 2016 e hoje substituído por uma pá, rs.

O camping na verdade é uma área destinada à montagem das barradas que, aperas de junto ao Rio Preto, não conta com árvores de copa o que expõe as barracas ao famoso maçarico do deserto, o sol causticante. 


A partir do camping a trilha margeia o Rio Preto por cerca de 600 m e é marcada pelas setas laranjas nas pedras pintadas, é um pula-pula que, debaixo de sol parece ter 2 km.
Daí para frente, não há mais fonte de água e são cerca de 6 km, dos quais 3 km de forte subida entre pedras e passagem estreitas, aqui, insetos e besouros atormentam sua caminhada pelo cerrado rupestre, passando pela torre da Mata Funda e finalizando na rodovia GO-239. Daí a São Jorge são mais 12 km beirando a estrada ou 24 km até Alto Paraíso.


Nossa aventura foi cheia de desafios e aprendizados, fosse com a noite mal dormida, chegamos a São Jorge às 3 da manhã, pela hora que entramos na trilha, 9 h, pelas pesadas mochilas desnecessariamente levadas ou pelo baixo preparo nosso. O primeiro dia foi causticante e 3 de nós quatro, em pontos diferentes, "quebraram", apesar dos primeiros 4 km terem nos levado somente 1h 20 min, os 17 km levaram entre almoço, lanches, banho de rio e caminhada 11 h.


A chega ao Camping só foi possível após um de nós ir buscar ajuda para resgatar os demais, que em plena escuridão da noite, encontravam-se prostrados. A noite, diferente do esperado foi quente e despertar cedo em função da claridade e calor, as 6:50 h já estávamos de pé, daí foi banho de rio, cachoeiras, almoço e partida.



Mais uma vez calculamos mal e saímos tarde do camping, embora a caminhada fosse de somente 6,5 km, esta se dá, em sua grande parte, 3,5 km, de subida ingrime o que afetou bastante um de nós que no dia anterior já havia quebrado.





Por fim, os últimos 3 km são de uma caminhada plana em um chapadão muito bonito.







Saímos da trilha à noite, daí foi jantar na muito agradável risoteria e cama....

No dia seguinte, moídos, partimos de volta à Brasília.


segunda-feira, novembro 16, 2015

Trekking no Morro das Andorinhas - Itaipu/Niterói

Apesar de acordado nosso encontro as 8:30h na Igrejinha de Itaipu, somente as 9h chegamos lá para nos encontrarmos com os demais. Nosso grupo é composto por 5 pessoas: Eu e a Lanna, o Didiu e a Loanna e a Maminha (Marina).

A Igrejinha de Itaipu é, na verdade, a Paróquia de São Sebastião, tombada em 1978 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico, a Igreja data de 1650 quando tinha como principal objetivo o atendimento à catequese de escravos, índios e pescadores da região que há época produzia açúcar e aguardente mas, somente em 1716 teve como concluída a sua construção.

O Morro das Andorinhas é um aglomerado coberto de cactos e vegetação da mata atlântica que chega a 196m e se extende por 2.600m, dividindo as praias de Itaipu (pedra que canta em Tupi) e Itacoatiara (pedra pintada), coberto de cactos e vegetação nativa da Mata Atlântica.

O acesso à trilha se dá à partir da Travessa B, que tem seu início junto ao ponto final dos ônibus e termina na Igrejinha de Itaipu. A partir da Igreja, seguir pela Rua da Amizade até a sua primeira derivação à esquerda, onde em frente à placa do Parque Estadual da Tiririca, se tem início a uma íngrime subida.




Para nossa surpresa, há um assustador emaranhado de fios durante o primeiro trecho que se segue à esta ladeira, demonstra o descaso com que a distribuidora de energia local (AMPLA) e a administração do Município trata a população. A impressão de ocupação ilegal é difícil de não se consolidar durante este trecho que segue até a efetiva entrada da trilha, à direita, mais a frente.

A trilha é continua e muito bem definida, durante o trajeto, deve-se observar algumas pequenas bifurcações, ora para a direita, ora para a esquerda que nos leva, rapidamente, a belos mirantes.

O que encontramos a cada um deles é uma deslumbrante vista, ora da praia de Itacoatiara:

Ora das praias de Itaipu, Camboinhas e Piratininga além de suas lagoas:

Daí para frente, o visual se revela e você se encanta.





















 Por fim, só mesmo uma perfeita moqueca na praia...

terça-feira, setembro 08, 2015

Em Niterói tem ciclovia????

Niterói - Bairro de Fátima x Jardim Maria Paula 

Você pode até não acreditar mas, apesar toda propaganda da Prefeitura de Niterói a respeito de ciclovias, ciclofaixas e bicicleta, o que há neste lugar é a ciclofarsa, infelizmente.

Depois de tanta propaganda resolvi fazer um teste para aproveitar a versão bike na cidade. Deixei um carro na locadora próxima ao Hospital Universitário Antonio Pedro e resolvi retornar para minha casa de bike. São pouco mais de 13km e deveria ser facil e agradável.

Já na partida uma surpresa, meu trajeto se inicia onde termina a famosa ciclovia da Av. Amaral Peixoto então, só me resta seguir cerca de 500m sob forte ameaça dos carros, moto (pasmem) e principalmente ônibus, que se esforçam para nos espremer e quem sabe matar!!!

No da Marques do Paraná com as ruas Miguel de Frias e Roberto Silveira, não vejo nenhuma indicação da ciclovia existente na Roberto Silveira. Esta, começa um quarteirão depois do sinal e, a encontrei porque sabia de sua existência, o que eu não sabia era que apesar de ter uma boa extensão e largura, na verdade a única preparação feita foi a colocação de bloquedores para os carros mas, a pista que segue em sentido a São Francisco está cheia de buracos, verdadeiras armadilhas, para escoamento de água, com forte desnivelamento, colocando o ciclista em risco e obrigando-o a trocar constantemente de faixa.

Fica uma observação em relação à falta de educação do ciclista que não respeita nenhum tipo de sinalização, nem mesmo o sinal vermelho e outra para os pedestres que para atravessar a rua, optam por parar na ciclovia.

Pela Av. Roberto Silveira são então pedalados 1500m entre buracos, pedestres, skatistas e ciclistas até que, junto à esquina da Rua Ari Parreiras, subitamente e sem nenhuma placa ou aviso, termina este trecho da ciclovia. Opto por atravessar a rua e seguir até o túnel Raul Veiga que liga São Francisco à Icarai, o faço em sentido oposto e, me surpreendo quando, ao entrar no túnel, vejo no chão uma marcação de cliclofaixa que surgiu do nada e, do nada, termina, ou seja foram mais 900m agora de ciclofaixa que terminaram como começaram, do nada!

Ouvi dizer que havia um outro pedaço de ciclovia em São Francisco, então rodo mais 600m pelos carros até que, na Rua Timbira encontro uma bela ciclovia que tem como problema o fato da falta de poda das árvores e arbustos da calçada, inviabilizando em vários trechos o tráfigo pela pista da direita, obrigando o ciclista a andar na contra-mão. São mais 1000m de ciclovia, afora o problema da poda, uma bela ciclovia que, em frente à Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer, como todas as demais e assim como havia começado, termina do nada! Sem placa ou indicação do que deve o ciclista fazer.

Sigo em direção à Av. Rui Barbosa e após 1600m encontro, do nada, mais uma ciclofaixa, que dura 350m para, novamente, acabar como havia começado, do nada! Sem qualquer tipo de sinalização e justo onde fica mais arriscado para o ciclista.

Subo a Estrada da Cachoeira, passo pelo Largo da Batalha e continuo em Sentido à Pendotiba, onde, pouco depois do Forum, após 2400m em meio a carros, ameaçadores ônibus e motos, sem nenhuma sinalização surge, aqui, mais um trecho de ciclofaixa. São 1300m de muitos carros parados sobre a ciclovia, já na altura do condomínio ao lado do HSBC um buraco coloca em risco aquele que pedala e, de repente, assim como havia começado, termina do nada! Sem placa ou indicação do que deve o ciclista fazer.

Surge a perigosa descida da Pestalozzi, o bom senso me leva a cruzar a estrada (não há sinais, passarela ou pontos de travessia). Desço por uma esburacada e estreitíssima calçada vendo, no asfalto, as marcas do apagamento de uma ciclofaixa que ali existia. Vale ressaltar que, desde o Largo da Batalha estou em uma região onde a bicicleta não é transporte de modismo, atletas de fim de semana ou abastados em busca de saúde, aqui, por necessidade, a bicicleta é um meio de transporte e, justo aqui, se tira uma ciclofaixa que existia...

Pedalo por mais 4000m até que, por acaso do meu caminho, em meio a um esburacado asfalto em um ponto de Ônibus, surge, do nada, mais um pedacinho de ciclofaixa, provavelmente teve seu apagamento esquecido. Chego ao meu destino.

Ao todo pedalei por 13700m, dos quais 4150m dividido em 2 pedaços de ciclovias e outros 4 de ciclofaixa. Entender? Impossível! Explicar? Quem sabe a política...

Link para o Trajeto: Bairro de Fátima x Maria Paula

sexta-feira, julho 24, 2015

Furna da Onça x Cachoeira Sete Quedas - Cachoeiras de Macacu

Furna da Onça x Cachoeira Sete Quedas 
- Cachoeiras de Macacu - 


Com cerca de 35m de altura sua beleza chama a atenção principalmente pelo número de quedas subsequentes formadas, sete. Mas, embora esteja aí o glamour da visita, a caminhada é belíssima e trilha limpa e bem marcada que passa por outras quedas e poços.

Partindo de Cachoeiras de Macacu, sentido a Nova Friburgo deve-se abandonar a estrada na segunda derivação à esquerda após a praça do pedágio (há sinalização no local).
Uma íngreme estradinha com pavimentação de cimento que mal dá para um carro. Sobe-se por cerca de 1km, até a placa indicadora do início da trilha, à esquerda.

A subida é fácil, limpa e bem marcada e, em poucos minutos chega-se à derivação que dá acesso á Furna da Onça ou se segue para a Sete Quedas.

Furna da Onça é um encontro de pedras caídas de onde surge, entre elas, uma queda d`água com um pequeno poço a frente.








E ainda um espaço dentro da cachoeira onde se pode deitar, como se estivesse em uma hidromassagem natural.
Voltando à trilha, são mais 20 minutos de ar puro, barulho da água e som dos pássaros, somados ao resplendor de alguns poços e pequenas quedas de água.






 Em cerda de 28 minutos de caminhada que nos leva da cota de 363m à de 486m de altura, chegamos à tão espera e bela cachoeira das Sete Quedas.


É parar, se refrescar, lanchar e preparar para retornar....


                              Vídeo - youtube

                                                           Fotos

                                                                       Pousada Água Cristalina