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segunda-feira, novembro 16, 2015

Trekking no Morro das Andorinhas - Itaipu/Niterói

Apesar de acordado nosso encontro as 8:30h na Igrejinha de Itaipu, somente as 9h chegamos lá para nos encontrarmos com os demais. Nosso grupo é composto por 5 pessoas: Eu e a Lanna, o Didiu e a Loanna e a Maminha (Marina).

A Igrejinha de Itaipu é, na verdade, a Paróquia de São Sebastião, tombada em 1978 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico, a Igreja data de 1650 quando tinha como principal objetivo o atendimento à catequese de escravos, índios e pescadores da região que há época produzia açúcar e aguardente mas, somente em 1716 teve como concluída a sua construção.

O Morro das Andorinhas é um aglomerado coberto de cactos e vegetação da mata atlântica que chega a 196m e se extende por 2.600m, dividindo as praias de Itaipu (pedra que canta em Tupi) e Itacoatiara (pedra pintada), coberto de cactos e vegetação nativa da Mata Atlântica.

O acesso à trilha se dá à partir da Travessa B, que tem seu início junto ao ponto final dos ônibus e termina na Igrejinha de Itaipu. A partir da Igreja, seguir pela Rua da Amizade até a sua primeira derivação à esquerda, onde em frente à placa do Parque Estadual da Tiririca, se tem início a uma íngrime subida.




Para nossa surpresa, há um assustador emaranhado de fios durante o primeiro trecho que se segue à esta ladeira, demonstra o descaso com que a distribuidora de energia local (AMPLA) e a administração do Município trata a população. A impressão de ocupação ilegal é difícil de não se consolidar durante este trecho que segue até a efetiva entrada da trilha, à direita, mais a frente.

A trilha é continua e muito bem definida, durante o trajeto, deve-se observar algumas pequenas bifurcações, ora para a direita, ora para a esquerda que nos leva, rapidamente, a belos mirantes.

O que encontramos a cada um deles é uma deslumbrante vista, ora da praia de Itacoatiara:

Ora das praias de Itaipu, Camboinhas e Piratininga além de suas lagoas:

Daí para frente, o visual se revela e você se encanta.





















 Por fim, só mesmo uma perfeita moqueca na praia...

terça-feira, setembro 08, 2015

Em Niterói tem ciclovia????

Niterói - Bairro de Fátima x Jardim Maria Paula 

Você pode até não acreditar mas, apesar toda propaganda da Prefeitura de Niterói a respeito de ciclovias, ciclofaixas e bicicleta, o que há neste lugar é a ciclofarsa, infelizmente.

Depois de tanta propaganda resolvi fazer um teste para aproveitar a versão bike na cidade. Deixei um carro na locadora próxima ao Hospital Universitário Antonio Pedro e resolvi retornar para minha casa de bike. São pouco mais de 13km e deveria ser facil e agradável.

Já na partida uma surpresa, meu trajeto se inicia onde termina a famosa ciclovia da Av. Amaral Peixoto então, só me resta seguir cerca de 500m sob forte ameaça dos carros, moto (pasmem) e principalmente ônibus, que se esforçam para nos espremer e quem sabe matar!!!

No da Marques do Paraná com as ruas Miguel de Frias e Roberto Silveira, não vejo nenhuma indicação da ciclovia existente na Roberto Silveira. Esta, começa um quarteirão depois do sinal e, a encontrei porque sabia de sua existência, o que eu não sabia era que apesar de ter uma boa extensão e largura, na verdade a única preparação feita foi a colocação de bloquedores para os carros mas, a pista que segue em sentido a São Francisco está cheia de buracos, verdadeiras armadilhas, para escoamento de água, com forte desnivelamento, colocando o ciclista em risco e obrigando-o a trocar constantemente de faixa.

Fica uma observação em relação à falta de educação do ciclista que não respeita nenhum tipo de sinalização, nem mesmo o sinal vermelho e outra para os pedestres que para atravessar a rua, optam por parar na ciclovia.

Pela Av. Roberto Silveira são então pedalados 1500m entre buracos, pedestres, skatistas e ciclistas até que, junto à esquina da Rua Ari Parreiras, subitamente e sem nenhuma placa ou aviso, termina este trecho da ciclovia. Opto por atravessar a rua e seguir até o túnel Raul Veiga que liga São Francisco à Icarai, o faço em sentido oposto e, me surpreendo quando, ao entrar no túnel, vejo no chão uma marcação de cliclofaixa que surgiu do nada e, do nada, termina, ou seja foram mais 900m agora de ciclofaixa que terminaram como começaram, do nada!

Ouvi dizer que havia um outro pedaço de ciclovia em São Francisco, então rodo mais 600m pelos carros até que, na Rua Timbira encontro uma bela ciclovia que tem como problema o fato da falta de poda das árvores e arbustos da calçada, inviabilizando em vários trechos o tráfigo pela pista da direita, obrigando o ciclista a andar na contra-mão. São mais 1000m de ciclovia, afora o problema da poda, uma bela ciclovia que, em frente à Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer, como todas as demais e assim como havia começado, termina do nada! Sem placa ou indicação do que deve o ciclista fazer.

Sigo em direção à Av. Rui Barbosa e após 1600m encontro, do nada, mais uma ciclofaixa, que dura 350m para, novamente, acabar como havia começado, do nada! Sem qualquer tipo de sinalização e justo onde fica mais arriscado para o ciclista.

Subo a Estrada da Cachoeira, passo pelo Largo da Batalha e continuo em Sentido à Pendotiba, onde, pouco depois do Forum, após 2400m em meio a carros, ameaçadores ônibus e motos, sem nenhuma sinalização surge, aqui, mais um trecho de ciclofaixa. São 1300m de muitos carros parados sobre a ciclovia, já na altura do condomínio ao lado do HSBC um buraco coloca em risco aquele que pedala e, de repente, assim como havia começado, termina do nada! Sem placa ou indicação do que deve o ciclista fazer.

Surge a perigosa descida da Pestalozzi, o bom senso me leva a cruzar a estrada (não há sinais, passarela ou pontos de travessia). Desço por uma esburacada e estreitíssima calçada vendo, no asfalto, as marcas do apagamento de uma ciclofaixa que ali existia. Vale ressaltar que, desde o Largo da Batalha estou em uma região onde a bicicleta não é transporte de modismo, atletas de fim de semana ou abastados em busca de saúde, aqui, por necessidade, a bicicleta é um meio de transporte e, justo aqui, se tira uma ciclofaixa que existia...

Pedalo por mais 4000m até que, por acaso do meu caminho, em meio a um esburacado asfalto em um ponto de Ônibus, surge, do nada, mais um pedacinho de ciclofaixa, provavelmente teve seu apagamento esquecido. Chego ao meu destino.

Ao todo pedalei por 13700m, dos quais 4150m dividido em 2 pedaços de ciclovias e outros 4 de ciclofaixa. Entender? Impossível! Explicar? Quem sabe a política...

Link para o Trajeto: Bairro de Fátima x Maria Paula

sexta-feira, julho 24, 2015

Furna da Onça x Cachoeira Sete Quedas - Cachoeiras de Macacu

Furna da Onça x Cachoeira Sete Quedas 
- Cachoeiras de Macacu - 


Com cerca de 35m de altura sua beleza chama a atenção principalmente pelo número de quedas subsequentes formadas, sete. Mas, embora esteja aí o glamour da visita, a caminhada é belíssima e trilha limpa e bem marcada que passa por outras quedas e poços.

Partindo de Cachoeiras de Macacu, sentido a Nova Friburgo deve-se abandonar a estrada na segunda derivação à esquerda após a praça do pedágio (há sinalização no local).
Uma íngreme estradinha com pavimentação de cimento que mal dá para um carro. Sobe-se por cerca de 1km, até a placa indicadora do início da trilha, à esquerda.

A subida é fácil, limpa e bem marcada e, em poucos minutos chega-se à derivação que dá acesso á Furna da Onça ou se segue para a Sete Quedas.

Furna da Onça é um encontro de pedras caídas de onde surge, entre elas, uma queda d`água com um pequeno poço a frente.








E ainda um espaço dentro da cachoeira onde se pode deitar, como se estivesse em uma hidromassagem natural.
Voltando à trilha, são mais 20 minutos de ar puro, barulho da água e som dos pássaros, somados ao resplendor de alguns poços e pequenas quedas de água.






 Em cerda de 28 minutos de caminhada que nos leva da cota de 363m à de 486m de altura, chegamos à tão espera e bela cachoeira das Sete Quedas.


É parar, se refrescar, lanchar e preparar para retornar....


                              Vídeo - youtube

                                                           Fotos

                                                                       Pousada Água Cristalina

terça-feira, julho 21, 2015

Pedra do Colégio - Cachoeiras de Macacu

Pedra do Colégio - Cachoeiras de Macacu



Símbolo da Cidade de Cachoeiras de Macacu, no Estado do Rio de Janeiro/Brasil, trata-se de um bloco rochoso de 300m de altura. Localizado há 6km do centro da cidade, seu nome se deve ao fato de os padres jesuítas (no início da colonização) terem utilizado o local para catequização dos índios que ali viviam.
Foi a Pedra do Colégio sede do primeiro campeonato brasileiro de voo livre.

Nossa aventura familiar teve seu início em casa, no centro de Cachoeiras de Macacu, de onde partimos, por volta das 8h em direção ao bairro da Boa Vista, por uma estrada calçada que, logo se apresenta de terra batida mas, com sinais de intensão de pavimentação de parte dela. São somente 6km até uma derivação à direita em aclive. A pequena estrada apresenta piora em seu estado de conservação a cada metro. Chegada à derivação seguimos por cerca de 800m em uma péssima estradinha até uma porteira, que nos indica o início de uma propriedade particular. Aqui deixamos nosso carro. 

Caminhamos cerca de 50m até chegarmos a uma pequena casa de colono, somos recebidos por um senhor que logo nos acena, questionando nossa origem e destino. Após estórias locais que vão desde onça rondando e antigo cemitério jesuíta até tochas e  bolas de fogo que rondam a floresta à noite, somos informados de que a trilha está abandonada, a prefeitura não a tem cuidado e tampouco há sinalização da mesma. Como estamos munidos de um GPS, com a marca da trilha, seguimos por uma estradinha até que em uma acentuada curva para a esquerda, tomamos rumo em direção oposta, adentrando na mata.

A trilha realmente estava fechada em seus primeiros 500m mas, municiados de facões e seguindo nossa rota traçada no GPS levado, avançamos mata à dentro reabrindo a trilha esquecida.

O caminho é íngrime e se acentua continuamente tornando esta, uma trilha que pode ser considerada moderada mas, que se mostra melhor conservada, fresca e bela a cada trecho.


São 2,1km que nos levou 1:40h de caminhada contínua mas lenta. Próximo ao cume, há um veio formado pelo lado esquerdo onde o fluxo de ar é tão grande que o som do vento se assemelha à uma cachoeira.

 O caminho se mantém bem marcado mas há algumas bifurcações que podem deixar dúvidas, então, fazer uso de um guia ou um bom GPS com uma confiável rota, se faz necessário.


O trajeto está coberto de folhas secas e algumas árvores caídas, bastante locas de pedra e, embora não tenhamos encontrado nenhum sinal de, cuidado contra cobras devem ser tomados, observando-se onde pisa.

Nos últimos metros a trilha fica ainda mais acentuada, bastante íngreme e um pouco mais fechada, a claridade do sol e pedacinhos do céu anunciam que nosso objetivo está próximo, aos poucos, as árvores altas diminuem e surgem uma vegetação mais baixa.


O topo ainda está com muito mato, merecia uma pequena limpeza. Encontramos sinais de uma fogueira e rastros do que, provavelmente, seja uma paca ou porco do mato. O visual é deslumbrante, o céu está complemente azul e a cadeia montanhosa do parte dos Três Picos (Cachoeiras, Friburgo, Petrópolis e Teresópolis) forma uma belíssima moldura.





















                              Link para Trilha no Wikloc
                                                                            Pousada Águas Cristalinas