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segunda-feira, março 30, 2015

Bike no Rio



Nosso passeio de bike pela centro da cidade do Rio de Janeiro se
iniciou cedo. Com as bikes no no carro, nos dirigimos até a casa de amigos para busca-los. Apesar do planejamento, 8h nas barcas, chegamos lá as 10h, rs...

Deixamos nosso carro no caríssimo estacionamento municipal de Niterói, junto às barcas, e nos dirigimos para compra dos tickets e embarque. Em 15 minutos já estávamos desembarcando na Praça XV, de onde se iniciou nosso tour.



Fomos no pedal através da Praça XV, pela área de edificações da justiça: passamos pela Escola de Magistratura, Centro de Cultura do Poder Judiciário, Procuradoria, prédio do Tribunal Estadual e seguimos em direção ao Largo da Misericórdia, onde está a Igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso, de lá, seguimos pelo prédio da Santa Casa da Misericórdia, hoje Hospital Geral, Igreja de Santa Luzia, Ministério do Trabalho até o Teatro Municipal, onde nos informamos sobre horário da visita guiada e partimos então, para o Mosteiro de São Bento.



Embora nossa intensão fosse assistir a uma missa, ou parte dela, com cantos gregorianos, ao chegar lá descobrimos que o convento havia sido detetizado e que o mesmo se encontrava fechado naquele sábado.
Após algumas fotos, retornamos por dentro do colégio com uma parada no mirante que dá vista para a baía.

Nos dirigimos pela Rio Branco, passando pelo Largo da Carioca até o Teatro Municipal, onde realizamos uma interessante visita guiada que dura cerca de 40 minutos. 

Cabe ressaltar que, apesar de toda mídia sobre o Rio ser uma cidade de prazer, voltada para áreas comuns e passeios saudáveis, não há onde parar as bikes junto ao Teatro Municipal, inacreditável!!!! Porém, é possível guardá-las no estacionamento subterrâneo, abaixo da praça Mahatma Gandhi.


De lá, pedalamos até a Rua do Mercado, próxima ao antigo prédio da bolsa de valores do RJ. Aí foi fácil encontrar um agradável restaurante onde pudemos almoçar. Barriga cheia, passeio feito, dia agradável, é hora de retornarmos para casa para contar a história....




Teatro Municipal

Visita Guidada
 De terça a sexta: 12h, 14h, 15h e 16h.
 Sábados e Feriados: 11h, 12h e 13h.
 Esta é uma visita para o público espontâneo, por ordem de chegada, com distribuição de senhas a partir de 10:30h de cada dia. 
    •Será distribuído o primeiro horário. Esgotado este, o horário seguinte será distribuído e assim sucessivamente.
     •Lotação máxima por visita: 50 pessoas.
    •A distribuição de senha é feita no Boulevard, entrada pela Rua Evaristo da Veiga.

Mosteiro de São Bento
Missa conventual com canto gregoriano 
Dias de semana 7:30h, 
Sábados           8h, 
Domingos         10h.

Um Mergulho Inesquecível – Corveta Ipiranga V 17 (Fernando de Noronha)


Foi em Fernando de Noronha/PE, em um mês de abril. Apesar da série de mergulhos marcantes que temos feito ao longo do tempo, este se destaca pela magia de ser um naufrágio intacto, ainda com equipamentos, vestes, uniformes, utensílios e tudo mais, abandonado pelos tripulantes durante o naufrágio, sem contar a visão fantástica da corveta repousando corretamente a cerca de 60m de profundidade, em posição de navegação, nas águas da Ponta da Sapata.

A Corveta Ipiranga V 17 é uma embarcação da classe Imperial Marinheiro. Elas foram idealizadas e tiveram sua construção autorizada pelo Almirante Renato de Almeida Guillobel, quando na gestão do Ministério da Marinha. Foram originalmente concebidas como navio guarda-costas, rebocador, mineiro e varredor. Alcançando, por isso, uma velocidade máxima de apenas 12 nós. Possuíam além de canhões, sistemas de varreduras de minas e lançadores de cargas de profundidades.

O relato é de que a Corveta Ipiranga V 17 realizava uma viagem de patrulhamento quando, em uma manhã de tempo bom e mar calmo, chocou-se, às 10h da manhã, com o Cabeço da Sapata, uma formação rochosa íngreme com mais de cinqüenta metros de altura  que quase chega à superfície. Embora conhecido e sinalizado nas cartas náuticas, no local não há marcação.

Sem outras embarcações que pudessem prestar socorro e com o rápido alagamento causado pela
entrada de água pelo porão frontal, atingindo a casa de máquinas, o Comandante Rocha reuniu seus oficiais e ordenou o abandono da embarcação quando a água já atingia o nível do convés. A Corveta V 17 levou cerca de 8 horas para afundar, período este utilizado para o descarregamento e retirada de importantes partes do armamento da navegação. Várias embarcações de pesca do local participaram destes trabalhos de resgate.


As 4 metralhadoras 20mm acabaram sendo resgatadas posteriormente, por mergulhadores da Marinha Brasileira, mas seu canhão de 3 polegadas mantém-se lá na proa, intacto.

Sua estrutura original está mantida e é possível a penetração, durante a qual podem ser vistos instrumentos de navegação, telégrafo, timão, cúpula de radar, rádios, telefones, etc...

Seguindo em direção à popa, chega-se ao casario, com dois pavimentos.No primeiro existem duas torres de onde foram retiradas duas das metralhadoras  Na parte mais alta, encontra-se a ponte de comando, com abertura para bombordo e boreste. A partir da cabine de comando podem ser atingidas outras partes do navio, tanto em direção à popa, quanto ao convés inferior. Diversas portas estão abertas, permitindo penetrações na enfermaria, onde ainda se encontram ampolas de medicamentos, banheiros, alojamento de oficiais e sala de rádio e navegação. O leme e os hélices estão livres do fundo, porém em um deles, o de bombordo, falta uma das três pás.

Embora algumas operadoras de Fernando de Noronha estejam exigindo uma certificação Técnica Trimix, para a realização do mergulho, a operadora Águas Claras ainda vem fazendo este mergulho com ar comprimido (Extended Range).

Nossa equipe optou por usar o ar comprimido e na tarde do dia anterior iniciamos o planejamento do primeiro dos três mergulhos que faríamos na Corveta V 17 nos dias que se seguiriam. Optamos por fazer um primeiro mergulho de reconhecimento, com apenas 15 minutos de fundo. Como redundância, calculamos o mergulho como sendo todo ele aos 60m, o que nos pedia um tempo de descompressão de 25 minutos, sendo 10 deles acelerados com O2 a 100% aos 6m. Os mergulhos que se seguiram nos dias subseqüentes ainda na Corveta Ipiranga V 17 foram mais dois, um diurno e outro noturno.

Para um maior aproveitamento, uma configuração técnica é necessária e um mergulho com ar como back-gas, EAN 50 como travel-gas e O2 a 100% para descompressão nos permitem aproveitar 30 minutos no fundo em nosso mergulho diurno de até 83 minutos. O uso de john line para a deco ajuda bastante em virtude do número de mergulhadores e o fato de não ser incomum a presença de corrente acima dos 15m.

Uma particularidade do mergulho em Noronha e em especial na Corveta é que, em virtude da corrente, o encontro dos mergulhadores após saltarem do barco se dá já submerso. Não se pode esperar para descer sob o risco de ser levado pela corrente e perder o ponto de descida.


Devidamente equipados partimos em direção a Corveta Ipiranga, a sensação é indescritível e o prazer, imensurável. São 3 minutos de “pleno vôo” em direção ao azul do fundo, em uma água de 24°C independentemente da profundidade. Aos 30m já se pode ver a Corveta pousada no fundo, em posição de navegação, soberana naquela imensidão de areia branca. Em sua proa descansa um enorme badejo quadrado de, aproximadamente uns 60 kg,que gentilmente aguarda nossa aproximação. Mais adiante uma raia chita baila livremente. Uma imensidão de seres vivos desfruta do convívio da corveta sem que nossa presença os incomode.  Somos, ao todo, seis mergulhadores, sob o comando do impagável Dive Máster Samuca. Nos dias que se seguiram o que parecia impossível aconteceu várias vezes, a cada olhar, batida de pé, ou clique de máquina, nos surpreendíamos mais e mais com a beleza e a magia da corveta. Na incursão que fizemos, devidamente filmada por Edu Kossatz, meu dupla, e disponível nos links abaixo especificados, fica claro que um mergulho como este é realmente uma oportunidade única, que merece ser aproveitada.

:.Paulo Cid
Instrutor PADI #240096 

Fotos: Edu Kossatz e Paulo Cid
Filmagens (Edu Kossatz):       Video Mergulho Noturno

O que levar no estojo de primeiros socorros


Segue uma sugestão, referência, para um estojo de primeiros socorros. 
Instrumentos
  • termômetro 
  • tesoura 
  • pinça 
Material para curativo
  • gaze esterilizada (absorvem sangue e limpam sem deixar os fiapos)
  • esparadrapo - (impede que sujeira infeccione feridas, Curativos em bolhas devem ser fixados com esparadrapo para que não se desloquem com o atrito)
  • ataduras de crepon 
  • ataduras de gaze
  • Band-aid
Anti-sépticos
  • água oxigenada, 10 volumes 
  • pomada cicatrizante (sulfato de neomicina mais bacitracina, que é o genérico do nebacetin)
Medicamentos
  • analgésicos em gotas e em comprimidos 
  • antiespasmódicos em gotas e em comprimidos 
  • anti-histamínico
  • antiinflamatório de uso oral
  • gel antiinflamatório
  • colírio neutro 
  • soro fisiológico 
  • medicamento para enjôo
  • pomada contra queimaduras e picadas de insetos 
Itens complementares
  • luvas descartáveis
  • conta-gotas 
  • copos de papel 
  • agulhas (para furar bolhas ou retirar espinhos, por exemplo) e seringas descartáveis.
  • sabão de coco - para limpeza em caso de picadas de animais peçonhentos.
  • lenços umedecidos - funciona como antibactericida, na higienização da pele, para limpar ferimentos.
  • relação dos itens do estojo, com indicação de data de validade e para checar se falta algo.
  • relação dos postos de atendimento para o caso de picadas de animais peçonhentos (fornecido pelo órgão de saúde local). exemplo: postos do estado do rio de janeiro, fornecido pelo instituto vital brasil. 
  • emplastro salompas
  • alfinetes de segurança para prender ataduras.
  • repelente de insetos

domingo, março 29, 2015

CT Paraíba, o Naufrágio Carioca.



O mergulho em naufrágios é sempre um mergulho diferenciado. Especial pelos cuidados necessários; romântico, por suas histórias (quando ainda navegando), e mágico, em virtude de toda a vida que aflora a cada centímetro visitado. Cada um tem sua magia, seus encantos. Não é diferente quando falamos do Contra Torpedeiro Paraíba - D 28 ou simplesmente CT Paraíba.

Construído pelo estaleiro Avondale de New Orleans, em dezembro de 1965 o navio da classe Garcia passou a integrar a esquadra americana (U.S.Navy) sendo comissionado como Destroyer Scort 1045 na Carolina do Sul. Foi batizado U.S. Davidson em homenagem a um oficial de destaque da marinha americana durante a 2ª grande guerra. Em abril de 66 o U.S. Davidson passou a servir no porto de Pearl Harbour. Nos nove anos seguintes passou a operar como suporte de artilharia naval no Vietnam e sudeste Asiático. Sua especialidade foi o combate a submarinos. 
A excelência de seus artilheiros rendeu-lhe inúmeros prêmios e condecorações. Em 1988 encerrou sua carreira nos Estados Unidos. Em abril de 1989 passou junto com três outros “irmãos” da classe Garcia, a integrar a Marinha Brasileira. Em dezembro deste mesmo ano aportou no Rio de janeiro, já com seu novo nome, Contra torpedeiro Paraíba. Sua baixa ocorreu no ano de 2002, permanecendo no arsenal de marinha até que em 2004, após ter sido arrematado em um leilão para desmonte por uma empresa Liberiana, acabou naufragando durante seu reboque para a cidade de Aland/Índia.


O CT Paraíba encontra-se naufragado próximo às ilhas Tijucas, em profundidades entre 54m e 39m (sua antena). À exceção de sua proa, que se apresenta torta à boreste, em virtude do impacto com o fundo, sua estrutura encontra-se íntegra. Canhões, lançadores de mísseis e torpedo e o seu hangar são uma atração especial para os mergulhadores técnicos que se aventuram neste mergulho. Bastante inclinado, com algumas portas abertas e suas antenas destacando-se nas partes mais rasas, 40m, este mergulho deve ser cuidadosamente planejado em virtude da grande quantidade de cabos, linhas de pesca e uma rede de arrasto presa ao navio (o que assombra esta aventura).

Minha primeira ida ao CT Paraíba, como não podia deixar de ser, foi
coordenada pelo Comandante Basílio, um especialista neste naufrágio com mais de 60 mergulhos logados somente no local. O apoio técnico ficou a encargo da equipe da Divers Quest, operadora carioca com mais de 15 anos de experiência no mercado. Nosso deslocamento, nesta mega operação de 12 mergulhadores, foi realizado por duas embarcações. Cilindros, lastros e demais equipamentos foram levados da marina da Glória até o local pelo “Velho Marinheiro”, enquanto nós, mergulhadores, partimos cerca de duas horas depois, a bordo na Anakin, embarcação do Cmte Basílio que vem operando os mergulhos no local.


A 22 nós de velocidade, em um dia de “mar de almirante”, vivemos 45 minutos de espectativa após um detalhado briefing, ilustrado com croquis e fotografias de um irmão gêmeo do D 28.

Analisamos o diagrama do navio tentando imaginá-lo em uma inclinação superior a 50º.  Fomos alertados para o perigo dos cabos, linhas de pesca e de uma enorme e medonha rede de arrasto perdida por um navio pesqueiro há alguns anos. Nosso Comandante, em virtude sua experiência em navegação e familiarização com o local, ferra, sempre na primeira tentativa, onde quer. Ele nos disse que poria o ferro mais para a popa e prometeu o hélice e o hangar como atração principal.


Com o auxílio do Marcão, seu marinheiro, estávamos prontos para o mergulho. Devidamente equipados, munidos de cilindros duplos, computadores, facas, lanternas, deco marker, carretilhas e stages de EAN 40 (como travel gas) e paradas descompressivas mais fundas e O2 para aceleração da descompressão nas paradas aos 6m e 3m, lançamo-nos dois a dois rumo ao mais deslumbrante mergulho em naufrágio na costa carioca.


Em pouco mais de dois minutos, com uma sorte muito grande, o que encontramos foi uma água extremamente clara, roxa, e visibilidade deslumbrante. Já do cabo de descida se podia ver o naufrágio em toda magnitude de seus 127m de comprimento. Nossa visibilidade, inexplicavelmente, beirava os 20 metros e surpreendentemente a corrente no local era pequena. Cabe ressaltar que estas não são as condições normais deste mergulho que costuma apresentar baixa visibilidade, às vezes 2m, e muita correnteza.



Mas o Grande Arquiteto do Universo, neste dia, estava com vontade de nos premiar e junto a tudo isto ainda nos mandou um grande cardume de enxadas, mais de 300, e outro de badejetes, um deslumbre...





O naufrágio é deslumbrante, sua estrutura intacta tira-nos da realidade induzindo-nos a uma inebriante viagem durante os 30 minutos de fundo que nosso planejamento nos permite. Aos 28 min, sob o comando de nosso sicerone partimos em direção ao cabo, rumo aos nossos próximos 40 minutos entre subida e descompressão. Foi com um misto de tristeza e satisfação que abandonamos esse monumento submerso, uma sensação que, infelizmente, poucos ainda estão capacitados tecnicamente a experimentar...


Como era nosso dia de sorte, aos 3 metros, em nossa última parada (cerca de 16min) uma rêmora perdida, juntou-se a nós, circundando-nos a poucos centímetros insistentemente, como se quizesse grudar em nossos trajes...

De volta a Anakin, Marcos Adriano, o marinheiro, nos assessorou no recolhimento do equipamento e subida na embarcação. Pronto, só nos restou apreciar a viagem de regresso, comentanto os vistos e os não vistos detalhes do CT, premiando este feito com um almoço no Iate Clube Rio de Janeiro.


Missão cumprida e a certeza de que deste dia em diante, será difícil recusar o semanal convite de retorno ao CT Paraíba à bordo da Anakin.



:.Paulo Cid
Instrutor PADI #240096

Fotos: Cmte Basílio e Paulo Cid



Trekking Poço Samambaia

Nosso passeio tem seu início por volta das 9h e nesta aventura além de mim e da Lanna (minha esposa), contamos com a presença de nossas cachorras Zara (Golden Retriever) e Colie (Beagle bicolor) e de minha sogra. 

À partir do centro de Cachoeiras de Macacu tomamos uma estrada em direção ao Bairro de Boa Vista e seguimos por uma estrada de paralelepípedos por cerca de 15minutos além de outros 10minutos em estrada de terra. Chegamos até uma propriedade particular que facilita o acesso de pedestres em direção ao famoso e belo poço.

À partir da estrada, após passar por uma porteira grande de madeira seguimos cerca de 15 minutos por uma trilha larga e limpa que se inicia em direção a uma pastaria de cavalos e, aí, vale um alerta: pasto de cavalos = Muiiiiiito carrapato. Após cerca de 8 minutos atravessando o pasto ingressamos em uma trilha muito larga, bem limpa de piso coberto de folhas secas e entorno de alta vegetação e muito bambu. Cruza-se alguns olhos d'água e pequenos córregos até que em mais 10 minutos se chega ao poço que tem seu nome originado por uma grande pedra coberta de samambaias que despencam em direção ao mesmo. Raso, com fundo de areia branca e de água muito clara, é um convite tentador ao banho.


De caminha leve e de orientação muito fácil, este é uma passeio recomendado à família e iniciantes.







Mergulho Noturno - Descubra este Colorido Mundo Mágico

A prática do mergulho autônomo aumenta a cada dia, o barateamento dos equipamentos, o grande número de operadoras e os preços mais acessíveis dos cursos, oferecidos por diferentes certificadoras, vêm mudando a fomentar este seguimento.
Eduardo Kossatz

Dentre as muitas modalidades de mergulho possíveis de serem praticadas, uma destaca-se pela magia do colorido e da docilidade da fauna: O Mergulho Noturno.

Este tipo de mergulho exige certificação Avançada e especialização em Noturno, que permite a incursão do mergulhador no mar durante a noite. Por se tratar de um mergulho às escuras, o uso de lanternas é imprescindível e a redundância das mesmas, obrigatória. As lanternas trazem, como prêmio ao mergulhador, todas as cores reais e vibrantes que compõem uma multi-colorida obra de arte que é o fundo do mar.

Durante o dia, em virtude dos diferentes comprimentos de onda das diferentes cores que compõem a luz branca, abaixo de alguns poucos metros, o que se vê passa a ser verde, azul ou negro, em virtude destas cores (verde e azul) possuírem maiores comprimentos de onda, permitindo então a chegada destas à maiores profundidades.

Peixe Anjo
E é neste preto que está a beleza. Com ajuda da luz branca da lanterna, esta coloração negra, azul ou verde durante o dia, revela-se vermelha, amarela, azul, marrom, rocha rósea, etc. durante a noite.



Peixe Papagaio
A fauna, diferenciada da existente no período diurno, é abundante e distintos seres marinhos, que não possuem vida diurna, podem ser mais facilmente avistados, além daqueles diurnos que não raramente encontramos dormindo no fundo seja na areia ou em suas tocas.

Lula
O mergulho noturno, a espelho de qualquer outro, necessita de uma programação prévia, mas neste caso, diferentemente de um mergulho diurno, o conhecimento prévio da geografia do fundo é aconselhável, facilitando a orientação e navegação subaquática visando garantir seu sucesso e perfeito aproveitamento. Um cuidadoso planejamento, check de equipamentos, carregamento de baterias e substituição de pilhas usadas evitarão maiores transtornos e stress durante a incursão.

O local deve ser de águas calmas, preferencialmente abrigadas e livre do tráfego de embarcações. Procure fixar pontos de referência na superfície como postes de luzes, bóias, faróis, letreiros ou formações geográficas visíveis.

Faixas das Lanternas
Técnicas de comunicação por meio de lanternas, maior preocupação com o seu dupla e luzes de identificação presas aos cilindros também são de grande importância. Em um mergulho como este, o permanente contato visual com seu dupla, não se permitindo, nunca, perder o facho desta lanterna de seu campo de visão são vitais.

Em caso de separação do dupla, procure cobrir o facho de sua lanterna no intuito de facilitar a visualização da lanterna dele, caso não o encontre, procure-o por mais um minuto e aborte o mergulho, ele deverá fazer o mesmo e ambos se encontrarão na superfície.

Ermitão
Polvos, coréias desentoadas, lulas, lesmas, argonautas, ermitões e uma infinidade de variedade de seres parecem aflorar a cada giro de lanterna ou redirecionamento do olhar. O colorido é indescritível, inigualável e, em pouco tempo, o desconforto da escuridão transforma-se em uma prazeirosa moldura para a "pintura" que tudo, simplesmente tudo no fundo passa a representar. Areia, pedras, corais, vegetação e fauna transforma-se em algo deslumbrante.

Se sua certificação permite e você tem treinamento, não deixe de experimentar esta modalidade. Uma excelente experiência é repetir dois mergulhos em um mesmo local, um diurno e outro noturno, se ainda não o fez, ficarás impressionado com a mudança, se já o fizeste, sabes da maravilha sobre a qual escrevo. Mas, se sua certificação ainda não permite o mergulho noturno, está na hora de buscar uma operadora séria, com profissionais credenciados e gabaritados, para conquistar sua nova certificação, afinal, ela o levara a um mundo completamente novo.

:.Paulo Cid
Instrutor PADI #240096
fotos: Fotos